Por volta das 19h25, mais de 5 mil manifestantes começaram a se dispersar pela região. No entanto, um pequeno grupo de 50 pessoas começou a quebrar vidraças nas esquinas das Avenidas Nilo Peçanha com Presidente Kennedy, local do fim do protesto.
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Foto: Rodrigo Azevedo |
Mais de 5 mil pessoas protestaram na Região Metropolitana
Entre as ações, os manifestantes deprederam agências bancárias, atearam fogo em uma caçamba de lixo e arrancaram uma cabine telefônica do lugar, além de quebrar vidraças próximas como as da unidade do Sesc/Senais e chutar portas de lojas de departamentos e cones pelas ruas.
Policiais do 7º BPM (São Gonçalo) reagiram com bombas de efeito moral, mas o grupo revidou lançando malvinas em direção aos PMs. Jovens com panos no rosto gritavam "Acabou o amor, isso aqui vai virar o inferno".
Protesto reuniu mais de 5 mil em frente à Prefeitura
Mais de cinco mil pessoas protestaram contra o aumento na tarifa de ônibus em São Gonçalo, na Região Metropolitana, na tarde desta terça-feira.
O grupo protestou em frente à sede da Prefeitura local, que ficou cercada por homens do Batalhão de Choque. Cerca de 200 homens do 7º BPM (São Gonçalo) acompanharam a movimentação.
Em toda a região o comércio fechou mais cedo. Muitas lojas fecharam por volta das 17h30. Um dos comerciantes, que não quis se identificar, disse estar com medo. "Você acha que quero ter o risco de ter o vidro da minha loja quebrados. É melhor me prevenir e fechar as portas. Estou com medo de que aconteça a mesma coisa do que no Rio", afirmou.
Muitos carregaram faixas e cartazes
Foto: Leitor Rodrigo Azeredo
Manifestantes carregaram faixas e cartazes. Muitos pintaram as caras. Em alguns dos cartazes, foi possível ler "Gritamos paz, ganhanhamos gás, como é que faz?" ou "O gigante acordou".
Parte da multidão ficou na Rua Salvatore. Outro bloco do protesto seguiu a 50 metros de distância, permanecendo sentado na porta da Prefeitura.
Ivone Nazaré, 76 anos, aposentada disse estar inconformada com a situação. "Não sou usuária, mas a vergonha é que a passagem está mais cara que a maconha. Um absurdo", disse ela. Um grupo de seis pessoas chegou a ensaiar atos de vandalismo, mas foram duramente repreendidos pelos participantes.
Segundo manifestantes, o prefeito Neilton Mulin prometeu em campanha que a passagem seria R$ 1,50. As escadarias foram ocupadas, mas o bloqueio feito pelo Choque e pela guarda municipal impediu a entrada dos ativistas.
Manifestantes se concentraram em frente à Prefeitura
Um princípio de tumulto chegou a ocorrer, mas foi dissipado rapidamente. Poucos participantes atearam fogo em uma pequena quantidade de lixo na Rua Antônio Figueiredo, mas já foi apagado.
Manifestantes gritaram: "Quem tá com a gente pisca a luz". Vários prédios, em sinal de apoio ao protesto, piscaram as luzes no apartamento. Moradores dos prédios vizinhos penduram camisas brancas nas janelas.
NA Avenida Doutor Nilo Peçanha, oito carros da PM bloquearam a via. Na Avenida Presidente Kennedy, ocorreu mesma situação. A polícia pediu que os participantes desbloqueassem a via.
Fonte. O Dia
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