Recentes

.-.-.

terça-feira, 18 de junho de 2013

“Inverídicas e levianas”, dispara Marcus Jardim contra acusações

Secretário de Segurança de Niterói critica Ministério Público por inquérito baseado em carta anônima que liga oficiais a jogo do bicho e morte da juíza Patrícia Acioli, em 2011

O secretário de Segurança e Ordem Pública de Niterói, Marcus Jardim, classificou na última segunda-feira como “inverídicas e levianas” as acusações que motivaram a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar se há envolvimento dele e outros 5 oficiais na morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto de 2011 na porta de casa, em Piratininga. Entre os oficiais também está o ex-comandante-geral da PM, o atual secretário de Políticas de Segurança de Duque de Caxias, Mário Sérgio Duarte.

A determinação de abertura de IPM foi feita pelo Ministério Público (MP) - que recebeu uma carta anônima em agosto de 2012 -, atuando junto à Auditoria de Justiça Militar. Nela é mencionado que agentes do 7º BPM (São Gonçalo) receberiam até R$ 80 mil do jogo do bicho e que parte desse dinheiro seria para o coronel Marcus Jardim, então comandante do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA), aliado a outros sete oficiais que atuaram no Batalhão de São Gonçalo.

No pedido de abertura de IPM o MP solicita ainda que a Corregedoria da PM investigue, entre eles, o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, ex-comandante da unidade, e o tenente Daniel Benitez, já presos pela morte da magistrada em unidades federais de Roraima e Mato Grosso do Sul.

“A acusação leviana e criminosa de que eu levei dinheiro do jogo do bicho não tem a menor veracidade. Nunca levei e não levo dinheiro de nada errado. Ao longo de 30 anos de PM construí uma imagem sólida de boa conduta”, declarou Jardim, acrescentando não estar “nem um pouco preocupado” com o IPM, que critica ter sido motivado por uma carta anônima.

“Os órgãos de inteligência não investigaram, não fizeram escutas telefônicas nem quebra de sigilo bancário. Abrir inquérito sem indícios, baseado numa carta anônima, é uma atitude imoral e ilegal. O pano de fundo disso tudo é que o julgamento do coronel Cláudio Luiz de Oliveira está se aproximando e eu sou testemunha arrolada”, disparou, desafiando “qualquer um” a conferir seus dados bancários.

O secretário finalizou afirmando já ter recebido diversas manifestações de apoio.

“Recebi várias ligações de coronéis como o Paulo Afonso (presidente da Niterói Transporte e Trânsito). Também recebi ligação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo, e manifestações de centenas de amigos nas redes sociais. Estou tranquilo com tudo, porém, triste com a injustiça”, declarou.

O promotor Décio Alonso, responsável pelo caso, informou que as investigações vão levar 90 dias e que após esse prazo, caso fique comprovado o envolvimento dos suspeitos, eles serão notificados. Mas ele adiantou que “o documento traz riqueza de detalhes e que alguns dos fatos relatados já teriam sido comprovados”.

“A princípio não há porquê pedir à prefeitura o afastamento do secretário”, declarou.



Confira trecho da carta ao MP

“Nessa reunião, ficou acertado que 0 bicheiro passaria a pagar uma propina de 80 mil, o que antes näo chegava nem a 40 mil. (SIC) Segundo eles o tal bicheiro conhecia a fama do TEN CEL CLAUDIO e o comandante por sua vez, ofereceu uma oportunidade do bicheiro expandir sem qualquer  surpresa, pois mandada (SIC) dinheiro inclusive para Oficiais do CPA,bem  como, tinha 0 apoio do CEL MARCOS JARDINS que tinha interesse  porque morava na área do 4° CPA, sem falar na estreita amizade que  maminha (SIC) com o COMANDANTE GERAL MARIO SÉRGIO, sobre 0 que  tratarei mais adiante.”


O Fluminense

Postar um comentário

 
Copyright © 2012 - 2017 Folha de São Gonçalo. Designed by OddThemes - Published By Gooyaabi Templates