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terça-feira, 16 de abril de 2013

Funcionários dos Correios de São Gonçalo realizam nova paralisação


Funcionários reivindicam melhores condições de trabalho e segurança, que não foram atendidas em paralisação no início deste ano. Greve pode se estender por toda semana
Cansados das más condições de trabalho, funcionários dos Correios que atuam no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de São Gonçalo fizeram uma paralisação na última segunda-feira, que pode se estender por toda a semana. Isso porque na última manifestação feita pelos trabalhadores, em janeiro deste ano, foram estabelecidas algumas melhorias a serem implantadas até o mês de março, mas nenhuma delas foi cumprida até o momento. Entre as reivindicações acordadas estavam a reativação do ambulatório médico, a reposição de pessoal e maior segurança para os carteiros.
No início da tarde houve uma reunião entre os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect) com representantes da empresa para tentar chegar a um acordo. 
“Nossa questão aqui não é salarial. Nós estamos querendo melhores condições de trabalho e reposição de pessoal. Os funcionários estão sobrecarregados e os atrasos acabam gerando conflitos entre os trabalhadores e a população”, disse Marcos Sant’Águida, diretor de comunicação do Sintect.
Ainda de acordo com o diretor, os Correios têm hoje apenas 12 escoltas de segurança para atender a todo o estado do Rio e, em vez de contratar mais, a empresa prefere pagar pela
s encomendas perdidas. 
O carteiro Julio Cesar de Souza Junior, de 33 anos, que trabalha há 10 anos no CDD de São Gonçalo, disse que estão faltando pelo menos 13 profissionais na unidade e que isso causa irregularidade na entrega em dez distritos.
“Temos que sair da nossa rota para cobrir a que não tem ninguém”, afirmou.
 População – Enquanto o impasse entre trabalhadores e empresa não é resolvido, quem paga a conta é a população. Sem poder receber encomendas e nem mesmo os boletos e faturas, dezenas de pessoas foram até a sede da CDD, na Praça Zé Garoto, em São Gonçalo, para tentar retirar seus pertences pessoalmente.
Maria Clotilde Calixto dos Santos, de 65 anos, foi tentar receber seus boletos de cartões de crédito e carnês de pagamentos, mas não obteve sucesso. 
“Todos os meses reúno as contas e vou até ao banco ou casa lotérica para pagar tudo de uma vez só. Mas nos últimos meses eu tenho que ir de loja em loja para fazer o pagamento”, disse.
A pensionista Roseli Correia de Souza, de 52 anos, reclama que fez um empréstimo consignado para reformar a sua casa, no bairro do Paraíso, e ainda não recebeu o dinheiro por conta do atraso dos Correios. 
“A carta com a liberação do dinheiro tem que chegar pelos Correios, para depois eu ir ao banco sacar”, reclamou.
Medidas – A direção dos Correios informou que vai enviar dez carteiros para o CDD de São Gonçalo já na manhã de hoje. Já a questão da volta do funcionamento do ambulatório será enviada ao setor jurídico da empresa. A empresa garantiu ainda que ainda esta semana um segurança será enviado para trabalhar na sede da CDD São Gonçalo. 
Representantes do Sindicato afirmaram que caso os dez carteiros extras não sejam enviados a paralisação vai continuar e que está previsto para o próximo dia 2 de maio uma paralisação em todo o estado para cobrar melhorias nas condições de trabalho e um novo acordo quanto a Participação de Lucros e Resultados (PLR) para os trabalhadores.

O FLUMINENSE

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