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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Travesti é internada à força em São Gonçalo e é agredida por enfermeiros

18/05/2017 -  Um casal de travestis foi agredido em São Gonçalo, na última quinta-feira (11). De acordo com Bianca da Cunha Moura, uma das travestis agredidas, a sua esposa, Bruna Andrade de Cesar, teria sido levada à força por uma empresa de remoções especializadas do interior de São Paulo. Ela informou que a mãe de sua companheira não a aceitava e que teria contratado a empresa de remoção. Segundo Bianca, os enfermeiros que realizaram o serviço agrediram Bruna fisicamente, tiraram o vestido que ela usava em via pública, a obrigaram a vestir roupas masculinas e ameaçaram cortar o seu cabelo.

Bianca explicou que elas tinham se mudado para Minas Gerais há cerca de um ano e meio, devido às agressões verbais feitas por Margarida Carlos Andrade de Cesar, mãe de Bruna, que  não aceitava a identidade de gênero da filha. Há cerca de um mês o casal teria retornado então para o Rio, a pedido de Margarida, que teria afirmado estar disposta a se conciliar com Bruna. Chegando em São Gonçalo o casal teria ido morar em uma casa próxima à de Margarida, no entanto, os ataques permaneceram e após uma briga entre mãe e filha, as duas travestis teriam decidido retornar para Minas.

— Quando falamos em voltar, ela ofendeu a Bruna com várias falas transfóbicas, disse que ela não teria condições de ter uma família, que travestis eram drogadas e tinham Aids — relatou Bruna, que também alegou que no dia seguinte, a sua sogra teria procurado sua esposa com o intento de “pedir desculpas”. Apesar disso, na hora e data marcada, Margarida teria aparecido no portão da casa da filha com uma ambulância e dois enfermeiros da empresa “Anjos da Vida - Remoções Especializadas”. Segundo Bianca, a mãe dizia que “iria curar o filho” (sic).

Bianca relatou que quando Bruna chegou ao portão teria começado a gritar por seu nome e a pedir socorro. Neste instante, Bianca afirmou que tentou impedir que sua esposa fosse levada e foi bloqueada pelos enfermeiros, que teriam dito que “travesti para eles era ‘macho’ e que eles não teriam receio de bater” (sic). Desorientada, Bianca solicitou a apresentação de um laudo médico, ou um mandado judicial, ao que ela teria sido respondida que Margarida, como mãe, poderia fazer o que quisesse com a filha.

— Foi um sequestro o que fizeram com minha esposa! Não tinha um médico junto com eles, nem uma determinação oficial, um laudo. A Bruna não era viciada em drogas, não apresentava distúrbios, era uma pessoa normal, estava arrumada pra ir trabalhar! — afirmou Bianca.

Foto: Reprodução
Fonte: R7

Um comentário :

  1. O maior preconceito vem de dentro de casa. Se a própria mãe faz isso com a filha, imagina o que ela não faz com outro. Opção sexual não é uma doença contagiosa, casa um tem o direito de escolha. Ser feliz não depende de ser homem,mulher ou homossexual. Isso é um absurdo em pleno século 21 uma mãe ou qualquer outra pessoa, acha que opção sexual e uma doença. Doente e essa mae, só tenho pena dela.

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