
— As placas foram colocadas em novembro. Em abril, quebraram as ruas e colocaram galerias. Só que, quando chove, a rua vira uma piscina. E no sol é isso aí: poeira para todos os lados — reclamou Débora.
Nesta quarta-feira, ela conseguiu escrever com o dedo a palavra “vergonha’’ no teto do seu carro, tamanha a quantidade de poeira. O veículo fora lavado no dia anterior.
— Isso porque o carro ficou na garagem. Se você passar a mão em todos os móveis da casa, a situação é a mesma. E com as janelas fechadas! Todo dia temos que fazer faxina — disse o marido de Débora, o produtor de eventos Juruan Galvão, de 46 anos.
Quando os ônibus passam, a poeira sobe. Quando param nos pontos, os passageiros passam as mãos na roupa para se limpar.
— Já fui cinco vezes à prefeitura e não tive nenhum posicionamento. O pior é que depois de colocarem as galerias, o lixeiro deixou de passar — assinalou a aposentada Lúcia Helena, de 61 anos.
Segundo os moradores, a única rua asfaltada foi a do condomínio Minha Casa Minha Vida.
— Fizeram pouco antes da visita da presidente Dilma — lembrou a aposentada Elza de Almeida, de 71 anos, moradora da Rua Itamirim.
Em nota, a prefeitura informou que as obras irão continuar após a Cedae concluir a instalação da rede de abastecimento d’água: “Assim que a Cedae solucionar o problema, uma equipe voltará para concluir a pavimentação’’. A companhia informou que pretende finalizar o serviço em janeiro.
Por: Bernado Costa
Foto: Fábio Guimarães
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