Unidades têm capacidade para receber até 597 detentas cada
uma. Estado e o BNDES investiram mais de R$ 30 milhões na implantação de cada
uma das novas cadeias
O Governo do Estado, através do Grupo Executivo do Programa
Delegacia Legal, inaugurou nesta segunda-feira duas cadeias públicas no
município de São Gonçalo. Montadas e equipadas pela Secretaria de Administração
Penitenciária, as unidades batizadas de Juíza Patrícia Lourival Acioli e Isap
Tiago Teles de Castro Domingues têm capacidade para 616 detentas cada uma.
Construídas em concreto pré-moldado com adição de fibras de
polietileno, as novas cadeias públicas se enquadram em padrões arquitetônicos
mais modernos, prezando pelo conforto e saúde das internas. As unidades contam
com consultórios para atendimento médico, ambulatorial, odontológico e
psicológico, duas salas com aparelhos de Raio-x, uma central de material
esterilizado e um posto de enfermagem. Nas celas, a capacidade máxima é de seis
mulheres.
“Estas unidades
representam um avanço para o sistema prisional. Já tivemos 70 presos por cela,
agora serão só seis. Além disso, as detentas terão um diagnóstico antecipado,
com a possibilidade de realizarem exames e ter acompanhamento ginecológico e psicológico”,
afirmou o secretário de Administração Penitenciária, Cesar Rubens Monteiro de
Carvalho.
As cadeias também terão espaços para salas de aula, cultos
ecumênicos e uma área destinada à reciclagem de garrafas PETs. Uma outra
novidade foi a criação de celas adaptadas para portadores de necessidades
especiais. Detentas em situação de risco terão espaços de isolamento e haverá
ainda celas destinadas à visita íntima.
O novo modelo de cadeia também proporciona mais conforto aos
familiares. Em um espaço multiuso no lado externo, foi construído uma ampla
área coberta com bancos, bebedouro industrial, banheiros e uma pequena área de
lazer para crianças.
Segundo Cesar Rubens, a expectativa é que pelo menos uma das
unidades comece a receber internas a partir do fim de julho. Ele afirmou ainda
que a proposta é de, futuramente, trazer mulheres das instalações do complexo
prisional localizado em Bangu.
“Aqui será o portão
de entrada das unidades femininas. As detentas farão triagem em um tempo médio
de 10 dias e, depois, serão encaminhadas para um hospital ou uma unidade
prisional, dependendo do quadro de saúde”, disse o secretário.
O Estado e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) investiram R$ 32,5 milhões na implantação da unidade Isap
Tiago Teles de Castro Domingues e R$ 31,2 milhões na Cadeia Pública Juíza
Patrícia Lourival Acioli. Desde o início do Programa Delegacia Legal, já foram
construídas 16 cadeias públicas em todo o estado: oito no Rio de Janeiro, uma
em Campos, uma em Itaperuna, uma em Volta Redonda, duas em Magé, uma em Japeri
e duas em São Gonçalo.
O FLUMINENSE
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