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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sistema que abastece região de Niterói e São Gonçalo também é afetado pela seca

04/02/2015 - O risco de racionamento de água não é exclusividade das regiões que dependem do Rio Paraíba do Sul. A falta de chuvas também baixou o nível do Rio Guapi-Macacu, de onde o sistema Imunana-Laranjal capta água para abastecer as cidades de Niterói e São Gonçalo e algumas áreas da Ilha de Paquetá e de Itaboraí. A seca agrava o cenário em relação ao volume d'água. Segundo o chefe da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, Maurício Muniz, o sistema não tem barragens; portanto, depende do nível dos rios:

— O sistema já está em sua capacidade máxima e não tem condições de atender à demanda crescente por água na região, em especial com o crescimento populacional de Itaboraí — alerta Muniz. — A recuperação florestal da bacia é uma medida inadiável, bem como a implementação de reservatórios.
Segundo a Cedae, a vazão média do sistema é de 6,5 mil litros por segundo, para abastecer 1,6 milhão de pessoas. Para Marilene Ramos, professora de gestão ambiental da Fundação Getúlio Vargas e ex-secretária estadual do Ambiente, a captação — que deve ser de até 50% da vazão de tempo seco — não é suficiente para atender toda a população:

— Se as vazões continuarem diminuindo, há o risco de racionamento. Já existe uma dificuldade muito grande de abastecimento em vários pontos de São Gonçalo. Para conseguir atender plenamente a região, seria necessária a vazão de nove mil litros por segundo, mas não há capacidade para isso.
O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, descarta risco de racionamento, por enquanto, mas alerta para a gravidade da situação:

— Não descartamos nenhuma medida. No momento, não há indicação de racionamento. Estamos vivendo a maior crise de água da história no Sudeste.

A boa condição das nascentes, que ficam em unidades de conservação, permite que o sistema enfrente o período de estiagem com mais conforto. Mas o desperdício na captação é um problema. Uma das tubulações do canal artificial do Imunana, que leva água até a Estação de Laranjal, está com vazamento há mais de quatro meses, segundo funcionários da APA. Enquanto isso, apenas 20% da população de Itaboraí recebem água encanada.

A construção da barragem do Rio Guapiaçu, uma das alternativas para o sistema, está na fase de estudo de impacto ambiental, afirma a Secretaria do Ambiente. As obras, orçadas em R$250 milhões, estão previstas para o segundo semestre, em Cachoeiras de Macacu.

Um comentário :

  1. O ENGRAÇADO QUE AS AUTORIDADES SE PREOCUPAM MUITO COM A SECA AGORA, QUANDO NA REALIDADE DEVERIAM SE PREOCUPAR COM O DESMATAMENTO QUE HÁ DÉCADAS VEM AUMENTANDO SEM QUE NINGUÉM TOME PROVIDENCIAS. DEPOIS A MESMA CAMBADA VEM A PUBLICO SE LAMENTAR E ATERRORIZAR A POPULAÇÃO E AINDA SEM QUAISQUER PERSPECTIVAS. RESTA AGORA SOMENTE A DANÇA DA CHUVA.

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