Um funcionário do Banco do Brasil identificado inicialmente como Paulo Bastos, de 35 anos, foi executado no início da noite desta quarta-feira durante assalto a um salão de cabeleireiro na Rua Doutor Paulo César, no Largo do Marrão, em Santa Rosa. Segundo a polícia, um criminoso armado com pistola calibre 9 milímetros invadiu o estabelecimento e fez cinco clientes e três funcionários reféns. As vítimas foram levadas para uma sala de depilação nos fundos do salão, onde foram obrigadas a ficar de joelhos.
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Foto: Maurício Gil |
Após roubar celulares, dinheiro e relógios dos reféns, o criminoso disse que precisava matar alguém. Ele então se virou para os reféns ajoelhados, apontou a arma para cada um deles e puxou o gatilho. O disparo atingiu o peito de um cliente, de 35 anos, que morreu no local. Ao ver o sangue no corpo estendido no chão, um dos funcionários se desesperou achando que todas as vítimas seriam mortas e partiu para cima do bandido, que acabou sendo desarmado.
Durante a briga, um disparo chegou a ser feito, mas por sorte o tiro atingiu o teto. O assaltante conseguiu fugir sem levar o produto do roubo. Segundo testemunhas ele saiu correndo em direção ao Morro do Pé Pequeno. Pela rota utilizada, a polícia acredita que ele seja oriundo das comunidades do Vintém ou do Serrão.
Duas viaturas do Core que passavam pelo local chegaram a fazer buscas pela região. Dois suspeitos foram detidos e levados para a 77ª DP (Icaraí), mas não foram reconhecidos pelas vítimas.
“Achei que ele poderia matar todo mundo, e que eu seria o próximo a ser assassinado”, desabafou o cabeleireiro que reagiu ao assalto.
O crime aconteceu a poucos metros de uma cabine da Polícia Militar que segundo populares estaria desativada há meses.
A delegada adjunta da 77ª DP, Ingrid Valle, esteve no local e classificou o crime como latrocínio, mas se recusou a dar detalhes do que viu no interior do salão.
“Inicialmente essa é a linha de investigação. Hoje ouvi as vítimas no local e devo continuar a colher depoimentos durante a semana.
O local foi periciado e o corpo removido no fim da noite para o Instituto Médico-Legal (IML) de Tribobó. A arma utilizada no crime foi recolhida e encaminhada para a delegacia.
Moradores da região reclamam de constantes assaltos no bairro. Um pedreiro de 54 anos contou que há um mês foi feito refém durante um assalto a uma loja de tintas na mesma calçada.
“Eu estava no balcão e o criminoso encostou a arma nas minhas costas. Fui levado com o dono para os fundos da loja, amarrado com fita crepe e ameaçado. A violência foi tamanha que ameaçaram até cortar o dedo do proprietário porque a aliança estava apertada e não saía”, desabafou.
Por: Ruy Machado
O Fluminense
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