Seis dias após o coronel José Luís Castro Menezes assumir o Comando Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o 12º BPM (Niterói) e o 7º BPM (São Gonçalo), os dois principais batalhões do Leste Fluminense, também passaram por alterações de comando. Ontem, o tenente-coronel Gilson Chagas Silva e Filho, de 44 anos, assumiu o batalhão de Niterói, substituindo o tenente-coronel André Luiz Belloni, há apenas quatro meses no cargo, realocado para o 19º BPM (Copacabana). Horas depois, em São Gonçalo, o tenente-coronel Carlos Eduardo Sarmento da Costa assumiu o cargo, ocupado por três meses por Luiz Eduardo Freire, direcionado ao comando do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), no Fonseca.
Durante a solenidade de passagem de cargo para Gilson Chagas, o coronel do 4° Comando de Policiamento de Área (4° CPA), Wolney Dias, agradeceu aos serviços prestados por Belloni e desejou um bom trabalho ao novo comandante. Após a posse, Gilson Chagas se mostrou esperançoso em reduzir a criminalidade em Niterói.
“Estou feliz em assumir o cargo, pois venho do 40º BPM (Campo Grande) que passava por um problema semelhante ao de Niterói e conseguimos reverter este quadro. Levamos o batalhão à premiação de segunda melhor unidade da Polícia Militar em produtividade (prêmio concedido por redução no índice de criminalidade).
“A implantação de Unidades de Polícia Pacificadora é uma das ferramentas de combate ao crime, mas temos de avaliar. Com certeza teremos um aumento de efetivo em Niterói e em Maricá também, que são alguns dos fatores que influenciam na segurança. Mas, além disso, análise criminal, estratégias de polícia, comprometimento do policial e integração entre as delegacias são fundamentais para trazer um ambiente de tranquilidade ao município”, disse.
Morador de Niterói, Gilson Chagas volta a trabalhar na cidade após anos deslocado à capital. O novo comandante do 12º BPM já conhece a casa, já que foi instrutor de ética policial no Curso de Formação de Soldado (CFS) no batalhão, em 1994, além de ter chefiado o Serviço de Inteligência (P-2) do batalhão.
O coronel Belloni falou das dificuldades e da honra em comandar um batalhão com a importância do 12º BPM.
“O maior desafio foi reduzir os índices de criminalidade diante dos recursos que nós tínhamos à disposição, além das dificuldades em virtude de eventos inesperados, como as manifestações. Fiquei surpreso com a mudança, mas tenho a convicção de que os projetos iniciados terão a devida continuidade”, revelou.
Sarmento: ‘conheço os pontos críticos da cidade’
“Temos que baixar a criminalidade em São Gonçalo”. Essa é a meta do novo comandante do 7º BPM (São Gonçalo), o tenente-coronel Carlos Eduardo Sarmento da Costa, de 40 anos, que assumiu o posto do ex-comandante Luiz Eduardo Freire na tarde de ontem. O novo comandante do batalhão de São Gonçalo estava lotado anteriormente no 14º BPM (Bangu) e já havia comandado também o 41º (Irajá). Ex-morador do município, Sarmento afirma conhecer muito bem a região.
“Atualmente resido em Niterói, mas morei em São Gonçalo durante 23 anos. Conheço todos os problemas e pontos críticos da cidade, além do suporte que o ex-comandante Freire está me passando para que eu entenda ainda mais sobre a cidade. É uma satisfação muito grande voltar ao 7º BPM, pois quando me formei como aspirante em 1994, comecei a servir aqui. Em 1995 fui para o Bope, mas meu primeiro batalhão foi o de São Gonçalo”.
Segundo o tenente-coronel Sarmento, uma das primeiras metas do novo comando será baixar a criminalidade na cidade e tentar aumentar o efetivo do batalhão, que hoje é de 668 homens.
“O comandante Freire vinha fazendo um ótimo trabalho e nós pensamos em melhorar ainda mais o que já estava sendo feito. Nossa primeira intenção é diminuir os assaltos, roubos e assassinatos que vêm acontecendo em São Gonçalo. Como o efetivo ainda não está no número correto para a cidade, talvez seja necessário aumentar o Regime Adicional de Serviços (RAS) para que esse déficit não seja tão sentido”.
O comandante do 4º Comando de Policiamento de Área (4º CPA), o coronel Wolney Dias, que administra as áreas dos batalhões de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Cabo Frio, declarou que espera um excelente trabalho do novo comandante, assim como vinha sendo feito pelo ex-comandante Luiz Eduardo Freire.
“O tenente-coronel Sarmento vem de um excelente trabalho em Bangu e estamos muito otimistas, pois ele vem muito motivado para continuar o bom trabalho que já vinha fazendo no Rio, declarou Wolney Dias”.
Fonte: O Fluminense
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