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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Depósito de gelo é interditado por poluição ambiental em São Gonçalo

Inea interdita fábrica na Rodovia Amaral Peixoto, em Manilha, que estaria funcionando ilegalmente e fiscais encontraram vazamento de amônia e um poço artesiano irregular

Uma operação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Coordenação Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), interditou, por poluição ambiental, uma fábrica de gelo ilegal, que funcionava na Rodovia Amaral Peixoto, em Manilha. No local foi encontrado vazamento de amônia, um poço artesiano irregular e três pássaros silvestres em cativeiro.

Foto: Mariana Pimenta
A fábrica, denominada Gelo Granizzo Real, funcionava às margens da rodovia em condições precárias, possuía seis funcionários e comercializava cerca de 800 quilos de gelo por dia. Os agentes ambientais constataram a falta de licenciamento ambiental para a atividade e lacraram um poço clandestino no local, já que a empresa não possuía análise da qualidade da água e outorga para exploração.

O proprietário do estabelecimento, identificado como Marcos Aurélio dos Santos Moraes, informou que arrendou o espaço a cerca de um ano e meio e o forte cheiro nunca o incomodou, relatou ainda que trabalhava normalmente.

O coronel José Maurício Padrone, coordenador da Cicca, informou que moradores da vizinhança reclamavam muito do forte cheiro de amônia vindo da empresa. Ao vistoriar o local, os agentes encontraram um grande vazamento de gás em uma das máquinas utilizadas para fazer a escamação de gelo, além de descobrir um armazenamento ilegal de mais de 500 quilos de gás amônia.

“Usamos a legislação ambiental, que diz que ter produtos perigosos ou nocivos à saúde ou ao meio ambiente armazenados, poderá levar à interdição cautelar de um estabelecimento. Constatamos grande contaminação na fábrica e a medida será analisada pelo Inea, se o proprietário se adequar às normas, poderá reabrir normalmente”, afirmou Padrone.

A amônia pode ser sufocante e de extrema irritação aos olhos, garganta e respiração. Dependendo do tempo de exposição, podem ocorrer efeitos como irritações leves e lesões no corpo. O contato com o produto pode causar queimaduras nos olhos e pele.

Proprietário multado três vezes- O secretário do Ambiente, Carlos Minc, ressaltou a importância da ação e alertou que as atividades de repressão vão continuar. “A empresa moderna tem que produzir respeitando o meio ambiente e a saúde da população. Isso é um direito de todos. Nossas ações contra os poluidores não vão parar.”

O proprietário recebeu três multas, usar e armazenar produtos nocivos a saúde humana ou ao meio ambiente, manter em cativeiro três pássaros da fauna silvestre e explorar água no subsolo sem a devida autorização do Inea. Participou ainda da operação a Polícia Militar Ambiental. O proprietário foi conduzido para a 71ª DP (Itaboraí) e responderá por crime ambiental, com pena de um a seis meses de detenção.


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